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O livro livro traz um mergulho na biodiversidade e conectividade dos ambientes marinhos e da Mata Atlântica e servirá de apoio a alfabetização para 55 mil alunos da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro em 2023.
Um mergulho poético em espaços que, embora presentes na paisagem e na rotina dos cariocas, passam despercebidos. Esta é a proposta do livro para crianças “A Teia das Águas”, que apresenta os seres e ambientes da Baía de Guanabara e seu entorno. Com o objetivo de despertar nas crianças a curiosidade, a poesia, a esperança e o amor pela natureza, a obra lançada no dia 28 desse mês está disponível para download gratuito no site do Coral Vivo, para educadores e público em geral.
Escrita pelas premiadas autoras Roseana Murray e Bia Hetzel, com ilustrações de Daniel Gnattali e consultoria científica de Débora Pires, uma das biólogas marinhas mais importantes do Brasil e fundadora do Projeto Coral Vivo, a obra literária é um álbum ilustrado apaixonante, com enorme potencial de sensibilização, acessível à leitura autônoma nos primeiros anos de alfabetização.
O livro foi adotado pela Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro (SME-RJ) e será distribuído como parte do material didático a cerca de 55 mil alunos do 3o ano do Ensino Fundamental, no início do ano letivo de 2023. O conteúdo será trabalhado em rodas de leitura, em sala de aula.
“Os professores da Gerência de Leitura da SME-RJ perceberam a potência do livro que tinham em mãos e a oportunidade que um projeto pedagógico nele baseado poderia trazer para as crianças que estavam em fase de alfabetização em 2020, no início da pandemia, e foram vítimas de uma grande defasagem no aprendizado pelas dificuldades impostas pelo ensino remoto”, diz a professora Carla Celestino. “É amplamente conhecida a força criativa e transformadora que os primeiros livros e as primeiras histórias têm na vida das pessoas. O universo simbólico e os valores que assimilamos na fase de nossa alfabetização vivem em nós e nossas relações sociais por muito tempo. E o que o livro A Teia das Águas oferece é a possibilidade de nossas crianças crescerem curiosas e interessadas pelo meio em que vivem”, completa Carla.
Flávia Guebert, Coordenadora Geral do Projeto Coral Vivo, ressalta que “para sensibilizar as pessoas e provocar as urgentes mudanças comportamentais, não podemos apenas oferecer compêndios de informações e perspectivas alarmantes e desoladoras para crianças e adultos. Em vez disso, precisamos despertar neles a curiosidade, a poesia, a esperança, o amor e a compaixão pela natureza. E é isso que a literatura faz melhor que qualquer outro instrumento.”
“Com a contribuição da Rede de Conservação Águas da Guanabara (REDAGUA), com patrocínio do Programa Petrobras Socioambiental, e com a força da adoção feita pela SME-RJ “A TEIA DAS ÁGUAS” promete apaixonar e informar dezenas de milhares de crianças cariocas, suas famílias e comunidades escolares, provocando, com essa ação educativa e socioambiental de grandeza inédita, uma mudança positiva no relacionamento dos moradores da Cidade Maravilhosa com o ambiente que os acolhe”, Gregorio da Cruz Araujo Maciel, gerente de responsabilidade social da Petrobras.
SOBRE AS AUTORAS E O ILUSTRADOR
ROSEANA MURRAY nasceu no Rio de Janeiro, em 1951. Graduou-se em Língua e Literatura Francesa pela Universidade de Nancy. É autora de mais de cem livros de poesia e contos para crianças, jovens e adultos. Tem mais de 4 milhões de livros vendidos. Ao longo de sua carreira, recebeu inúmeros prêmios e láureas, entre eles: APCA, O Melhor Livro de Poesia – FNLIJ, Prêmio ABL de Literatura Infantil e Menção Altamente Recomendável – FNLIJ. Faz parte da Lista de Honra do IBBY (International Board on Books for Young People). Desde 2004, organiza o Projeto de Leitura Café, Pão e Texto, em sua casa, em Saquarema, recebendo escolas públicas para um café da manhã literário. Tem também, desde 2010, um Clube de Leitura em sua casa. Ministrou palestras e oficinas sobre a formação do leitor, em todo o Brasil, por quase 30 anos.
BIA HETZEL nasceu no Rio de Janeiro, em 1968. É escritora, editora e fotógrafa. Tem vários livros publicados e uma premiada produção voltada para crianças e jovens. Recebeu o Prêmio Jabuti de Autor Revelação em 1995, com o livro “Rosalina, a pesquisadora de homens”, e vários de seus livros foram condecorados com o selo Altamente Recomendável, da FNLIJ. Recebeu também a menção White Ravens, da Biblioteca Internacional de Munique, além do Prêmio “O Melhor para a Criança”, da FNLIJ. Desde 1990 participa de projetos de pesquisa e conservação de baleias e golfinhos e, desde 2020, é também coordenadora de imagens do Projeto Coral Vivo.
DANIEL GNATTALI nasceu no Rio de Janeiro, em 1985. É artista visual com graduação em Design Gráfico e trabalha com ilustração desde 2009. O livro Teia das Águas celebra mais um ano de parceria com o Projeto Coral Vivo, iniciada em 2013. Para crianças, ilustrou o livro Os mil cabelos de Ritinha (Semente Editorial, 2014) e o livro de colorir Mar de cores (Projeto Coral Vivo, 2020). Busca na natureza as relações entre suas geometrias e sinuosidades e, de forma sintética e harmoniosa, com cores pulsantes e atmosfera orgânica, procura, com seu traço, dar vida a temáticas reais e fantásticas.
SOBRE A REDAGUA
A Baía de Guanabara é a segunda maior baía do Brasil e comporta 22 ilhas, cercada por uma população que supera os 11 milhões de habitantes. Em 391km2 de espelho d’água e também no seu entorno são desenvolvidos quatro projetos, todos apoiados pelo programa Petrobras Socioambiental, que formalizam a Rede de Conservação Águas da Guanabara – REDAGUA. Na porção leste da baía, o Projeto Guapiaçu contribui para o fortalecimento do ecossistema da bacia hidrográfica Guapi-Macacu, por meio da restauração ecológica e da educação ambiental. O Projeto Uçá estuda as populações de caranguejos e seu ecossistema, buscando a sustentabilidade, contribuindo para a melhoria da qualidade ambiental e das comunidades pesqueiras. O Projeto Meros do Brasil procura conhecer os meros — espécie emblemática da região, criticamente ameaçada e de captura proibida — que ainda restam nas águas da baía. Por fim, o Projeto Coral Vivo traz à população o conhecimento sobre os diversos e frágeis ambientes coralíneos, abrangendo as áreas insulares do entorno da baía, focos do Plano de Ação Nacional para Conservação dos Ambientes Coralíneos – PAN Corais. Os projetos integrantes da rede, todos parceiros da Petrobras, acreditam que as pessoas precisam conhecer a natureza para poder entender a importância de conservá-la e reforçar a noção da proteção, não só da fauna e da flora, mas também dos ambientes terrestres-estuarinos-marinhos como um todo.
SOBRE O CORAL VIVO
O PROJETO CORAL VIVO nasceu no Museu Nacional/UFRJ, a partir de pesquisas em recifes e ambientes coralíneos brasileiros. Desde 2006, com o patrocínio da Petrobras, além de parcerias locais e nacionais, passou a atuar junto a vários setores da sociedade, como os órgãos governamentais; as universidades e escolas; os conselhos gestores; o segmento de turismo; os pescadores e os coletivos jovens. O projeto possui uma Rede de Pesquisas com
13 instituições envolvidas e uma Base de Pesquisas e Visitação em Porto Seguro (BA). Juntamente com o ICMBio, realiza a coordenação executiva do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Ambientes Coralíneos (PAN Corais), que inclui 18 áreas geográficas e 52 espécies ameaçadas. Suas ações de educação incluem a formação continuada de professores e a edição de publicações de divulgação científica. O projeto tem vários e importantes livros publicados, disponibilizados gratuitamente para download em seu site, além de uma produção científica robusta e internacionalmente reconhecida e referendada. Nas redes sociais, o Coral Vivo já tem mais de 370 mil seguidores.
