Novo estudo revela aumento na intensidade, duração, e ocorrência de ondas de calor nos recifes do Atlântico Sul
Um estudo inovador publicado por Destri et al. (2025), publicado na renomada revista científica Global Change Biology, traz novos dados sobre a história do estresse térmico nos recifes do Atlântico Sul, revelando que esses recifes estão enfrentando (i) temperaturas mais altas, (ii) episódios de calor mais duradouros, e (iii) mais próximos um do outro. Desse modo, o futuro dos recifes brasileiros perante o aquecimento global parece sombrio.
A pesquisa foi idealizada a partir de discussões realizadas por membros da Rede de Pesquisas do Projeto Coral Vivo, este patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Socioambiental, durante seus workshops, e contou com a colaboração direta de pesquisadores renomados da NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos).
Principais descobertas
📌 Aumento do estresse térmico: A pesquisa analisou dados históricos e identificou que a intensidade das ondas de calor marinhas tem crescido ao longo das últimas décadas, atingindo valores maiores de temperatura.
📌 Além disso, mostra que os episódios de calor passaram de uma duração de semanas para meses.
📌 E por fim, que a frequência desses episódios aumentou: alguns recifes brasileiros estão sofrendo com episódios de calor já em escala anual – isto é, todos os anos.
📌 Os recifes mais afetados são aqueles na porção norte da região Nordeste e também na região Sudeste do Brasil. Esse fenômeno coloca em risco a biodiversidade dos recifes e compromete serviços ecossistêmicos essenciais.
Mudanças climáticas e a urgência da ação
Os resultados do estudo são um alerta claro sobre os impactos do aquecimento global nos oceanos. Com a intensificação das ondas de calor marinhas, há riscos crescentes para os recifes de coral, afetando diretamente a biodiversidade, a pesca e as comunidades costeiras do Atlântico Sul.
O Projeto Coral Vivo segue comprometido com a geração de conhecimento e estratégias para reduzir os impactos das mudanças climáticas. Parcerias como essa, com a NOAA e outros centros de pesquisa, são essenciais para compreender e enfrentar os desafios impostos pelo
aquecimento dos oceanos.
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SOBRE O PROJETO CORAL VIVO
Patrocinado pela Petrobras desde 2006, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, o Projeto Coral Vivo trabalha com pesquisa, educação, políticas públicas, comunicação e sensibilização para a conservação e a sustentabilidade socioambiental dos ambientes recifais e coralíneos do Brasil. Concebido no Museu Nacional/UFRJ, é realizado pelo Instituto Coral Vivo em parceria com 15 universidades e institutos de pesquisa.
As ações do Projeto Coral Vivo são viabilizadas também pelo copatrocínio do Arraial d’Ajuda Eco Parque. O Projeto Coral Vivo integra a Rede BIOMAR, junto com os projetos Albatroz, Baleia Jubarte, Golfinho Rotador e Meros do Brasil. Patrocinados pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, eles atuam de forma complementar na conservação da biodiversidade marinha do Brasil. O Coral Vivo faz parte também da Rede de Conservação das Águas da Guanabara e Entorno (REDAGUA), que reúne, igualmente, todos projetos apoiados pela Petrobras. A Rede tem como objetivo promover a conservação da biodiversidade, prestação de serviços ecossistêmicos, restauração ambiental, pesquisa, educação ambiental, inclusão social e comunicação na região da Baía de Guanabara e entorno, sendo constituída pelos Projetos Coral Vivo, Guapiaçu, Meros do Brasil e Uçá.