Realizada em parceria com Centro de Biologia Marinha da USP, a série revela a beleza dos seres microscópicos que habitam as praias e o oceano
O Projeto Coral Vivo, patrocinado pela Petrobras, lançou a quarta temporada da série “Amar o Mar”. A produção revela em sete episódios a vasta biodiversidade marinha que não pode ser vista a olho nu. A temporada é uma viagem microscópica para conhecer os pequenos seres que habitam os grãos de areia, as algas marinhas e poças de marés que se formam nas praias. A série mostra imagens impressionantes em altíssima resolução, como a cena de um cavalo marinho microscópico se alimentando. Todos os sete episódios estão disponíveis no canal de YouTube do Coral Vivo.
“Nessa temporada o espectador vai mergulhar no universo das pequenezas, através da sensibilidade e harmonia das imagens, da trilha sonora original e, especialmente, no brilho dos olhos de personagens que transbordam cultura oceânica”, diz o pedagogo e professor de mergulho Fábio Negrão, diretor da série e coordenador de Sensibilização do Coral Vivo.
Os dois primeiros episódios, “Bastidores” e ”Alvaro”, abrem a nova temporada apresentando o biólogo Alvaro Migotto, do Centro de Biologia Marinha da USP – Universidade de São Paulo, que auxiliou com a consultoria científica e as imagens microscópicas da série. O primeiro episódio traz o making of da série e, com narração de Alvaro, destaca a importância da fauna microscópica marinha, ressaltando que esta representa a maior parte da vida no oceano. No segundo episódio, o biólogo mostra achados recentes em seu microscópio, como um pequeno caranguejo.
O episódio “Areia” tem como ponto de partida uma cena cotidiana: uma menina brincando na praia tentando enxergar o que há nos grãos. A viagem começa mostrando os pequenos seres que vivem nas areias, seca ou molhada na beira da água, sendo alguns que podem ser vistos a olho nu, como um caramujo ermitão, e outros que são apresentados nas imagens microscópicas.
Em “Algas”, uma mulher observa as algas roladas e ao fixar o olhar nas plantas à beira-mar, desperta para detalhes microscópicos da planta. Analisando mais a fundo, é possível observar que muitos seres habitam aquele pedaço de alga, entre eles um cavalo marinho microscópico que rapidamente se alimenta de um camarão ainda menor. As imagens são surpreendentes e belíssimas.
No quinto episódio, “Poças”, um colaborador do Coral Vivo observa os seres que vivem nas delicadas piscinas naturais que se formam com as marés. Alguns, como o polvo, podem ser vistos facilmente, enquanto outros precisam de um esforço maior. Ao perceber a diversidade da fauna, ele alerta uma colega para tomar cuidado ao caminhar no local.
No sexto episódio, intitulado “Corais”, o espectador vai conhecer os recifes de corais do sul da Bahia. Com uma máscara, pés de pato e uma lupa, um mergulhador desvenda o universo desses seres tão importantes para o oceano. As imagens em altíssima resolução mostram a diversidade de formatos, cores e texturas, captando seus pequenos movimentos.
Para encerrar a temporada, o episódio “Encontro” mostra os quatro curiosos que guiaram a jornada microscópica se reúnem com professor Alvaro Migotto, no laboratório da base de pesquisa do Projeto Coral Vivo. Lá eles se deslumbram ao conseguirem ver os seres microscópicos que estavam tão próximos.
“A nova temporada de Amar o Mar transborda de encantamento e paixão em todas as suas etapas de produção. Até mesmo para quem tem a conservação marinha como causa de vida, para quem trabalha com isso há décadas, esse mergulho no microscópio e no conhecimento do Alvaro Migotto e de todos os cientistas do Coral Vivo, foi um alumbramento. Que as pequenezas desse nosso planeta oceano acendam milhares de fagulhas de amor nos olhos do público também”, diz Bia Hetzel, uma das roteiristas da temporada.
A quarta temporada de “Amar o Mar” é uma realização do Projeto Coral Vivo e do Centro de Biologia Marinha da Universidade de São Paulo e conta com patrocínio da Petrobras e copatrocínio do Arraial d’Ajuda Eco Parque. A trilha sonora original, composta exclusivamente para a temporada, é de autoria do Grupo Cultural Arte Manha de Caravelas.
SOBRE O CORAL VIVO
O PROJETO CORAL VIVO nasceu no Museu Nacional/UFRJ, a partir de pesquisas em recifes e ambientes coralíneos brasileiros. Desde 2006, com o patrocínio da Petrobras, além de parcerias locais e nacionais, passou a atuar junto a vários setores da sociedade, como os órgãos governamentais; as universidades e escolas; os conselhos gestores; o segmento de turismo; os pescadores e os coletivos jovens. O projeto possui uma Rede de Pesquisas com
13 instituições envolvidas e uma Base de Pesquisas e Visitação em Porto Seguro (BA). Juntamente com o ICMBio, realiza a coordenação executiva do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Ambientes Coralíneos (PAN Corais), que inclui 18 áreas geográficas e 52 espécies ameaçadas. Suas ações de educação incluem a formação continuada de professores e a edição de publicações de divulgação científica. O projeto tem vários e importantes livros publicados, disponibilizados gratuitamente para download em seu site, além de uma produção científica robusta e internacionalmente reconhecida e referendada. Nas redes sociais, o Coral Vivo já tem mais de 370 mil seguidores.
Além disso, o Coral Vivo integra a Rede BIOMAR, junto com os projetos Albatroz, Baleia Jubarte, Golfinho Rotador e Meros do Brasil. Patrocinados pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, eles atuam de forma complementar na conservação da biodiversidade marinha do Brasil. As ações do Projeto Coral Vivo são viabilizadas também pelo copatrocínio do Arraial d’Ajuda Eco Parque.
O Coral Vivo também faz parte da Rede de Conservação das Águas da Guanabara e Entorno (REDAGUA), que reúne, igualmente, projetos apoiados pela Petrobras. A rede tem como objetivo promover a conservação da biodiversidade, prestação de serviços ecossistêmicos, restauração ambiental, pesquisa, educação ambiental, inclusão social e comunicação na região da Baía de Guanabara e entorno, sendo constituída pelos Projetos Coral Vivo, Guapiaçu, Meros do Brasil e Uçá.