O dia que “A teia das águas” virou um espetáculo
Uma plateia formada por 330 alunos do ensino fundamental I de sete escolas da rede municipal de educação de Niterói e de ONGs, lotou o Teatro Popular Oscar Niemeyer, na tarde do dia 8 de agosto, para conhecer a adaptação teatral de “A Teia das Águas”, obra de literatura infantil, produzida pelo Projeto Coral Vivo no âmbito da REDAGUA – Rede de Conservação Águas da Guanabara, com o Patrocínio do Programa Petrobras Socioambiental.
A peça teatral conta a história de um marinheiro que já não consegue navegar com sua pequenina embarcação e encontra nas poesias e histórias narradas por uma sereia a brisa criativa que lhe faltava para redescobrir os mistérios das águas, reparar nos presentes que a natureza oferece e voltar a se sentir parte integrante da grande teia da vida.
Com cantigas de roda do cancioneiro brasileiro e projeções de fotografias, o espetáculo criado por Julia Cardenas, do Teatro Azul, e dirigido por Ligia Veiga, da Cia de Mystérios, encantou adultos e crianças presentes. Ao final, todos os espectadores ganharam um exemplar do livro com poesias de Roseana Murray & Bia Hetzel, ilustrações de Daniel Gnattali e consultoria científica da bióloga Débora Pires.
“Seja no palco, nas escolas, na rua ou embarcados no Teatro Azul, a possibilidade de pensar novos futuros para a Baía de Guanabara e outros mares se traduz em arte e educação”, ressaltou Julia Cardenas, que em parceria com a secretaria das Culturas de Niterói, promoverá mais sessões gratuitas para um público prioritariamente formado por estudantes da rede municipal do município e participantes de projetos sociais.
A estreia contou com a presença da escritora Roseana Murray, dos Subsecretarios de Educação Ana Shilke e Thiago Risso, e de Lili Balonecker, coordenadora da CECULT, de Fernanda Rangel e Diogo Cairo, da direção do Teatro Popular Oscar Niemeyer, de Debora Pires e Clóvis Castro, fundadores do Projeto Coral Vivo, Bia Hetzel, coordenadora de conteúdo do Projeto Coral Vivo, e de representantes dos projetos Uça, Meros do Brasil e Guapiaçu, e de Fellipe Redó, do Teatro Azul.
FICHA TÉCNICA
Projeto e Criação: Julia Cardenas
Direção Artística: Ligia Veiga
Atriz e Contadora de Histórias: Cristina Thomas
Trilha Sonora: Lelena Anhaia
Elenco de Brincantes:
Cristina Thomas
Julia Cardenas
Lelena Anhaia
Participação Especial: Pedro Lima
Ludinho Areias
SOBRE A GRANDE COMPANHIA BRASILEIRA DE MYSTERIOS E NOVIDADES
Companhia de Teatro, com criações autorais para espaços públicos e privados num cruzamento entre os ritos e os mitos, o sagrado e o profano, a tradição e a contemporaneidade. Com 40 anos de (r)existência, desde 2007 tem sede na região portuária do Rio de Janeiro, onde seus integrantes criam os cortejos e óperas populares, apresentam espetáculos e oficinas, além dos projetos coletivos com parceiros da região, do Brasil e do mundo. O trabalho se dá a partir da conexão com a memória e ancestralidade das nossas raízes afro-ameríndias, ciganas, portuguesas e mouras, em processos criativos cruzados e experimentados com mestres populares e eruditos, reconhecendo a diversidade como potência de criação. Vencedora do 33º Prêmio Shell na Categoria “Energia que vem da gente” em 2023.
SOBRE O TEATRO AZUL – PROGRAMA EDUCATIVO DO TEATRO POPULAR PARA A DÉCADA DA CULTURA OCEÂNICA
O programa educativo Teatro Azul, coordenado por Julia Cardenas e Felipe Redó, é uma resposta ao desafio de sensibilizar e engajar a sociedade na Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, declarada pela ONU de 2021 a 2030, para promover as ações necessárias com o intuito de atingir as metas da Agenda 2030 e da sustentabilidade do oceano. Este programa educativo buscará, por meio de ações artísticas e educacionais, apresentar as bases da cultura oceânica e do desenvolvimento sustentável aos seus espectadores.
A arte cênica não se propõe a ser uma nova realidade, ela já é em si a criação de um novo mundo, um lugar onde “o invisível se torna visível”. Seja no palco, na escola ou embarcados no Teatro Azul; a possibilidade de pensar novos futuros para a Baía de Guanabara e outros mares se traduz em arte e educação. Um teatro azul que transforma pessoas, que nos ajuda a vislumbrar novos horizontes para as emoções humanas, suas ações conscientes e interação com o meio ambiente e a cultura oceânica.
SOBRE O TEATRO POPULAR OSCAR NIEMEYER
Equipamento cultural público da Cidade de Niterói que busca inspiração na mente criativa de um dos maiores arquitetos do século passado de modo a se reinventar para a Década do Oceano. Na fachada, a alegoria de uma mulher em movimento, ilustrada em dois painéis amarelos, expressa as artes corporais, incluindo dança e teatro; a rampa em formato de hélice, descrita como “o passeio pela arquitetura”, tem essencial significado artístico, possibilitando uma visão precisa dos detalhes da obra. Em sua face oposta, uma parede de vidro possibilita a contemplação da Baía de Guanabara. A vista para o mar é parte fundamental de sua arquitetura e proporciona ao público a sensação de estar embarcado.
SOBRE O PROJETO CORAL VIVO
O PROJETO CORAL VIVO nasceu no Museu Nacional/UFRJ, a partir de pesquisas em recifes e ambientes coralíneos brasileiros. Desde 2006, com o patrocínio da Petrobras, além de parcerias locais e nacionais, passou a atuar junto a vários setores da sociedade, como os órgãos governamentais; as universidades e escolas; os conselhos gestores; o segmento de turismo; os pescadores e os coletivos jovens. O projeto possui uma Rede de Pesquisas com 13 instituições envolvidas e uma Base de Pesquisas e Visitação em Porto Seguro (BA). Suas ações de educação incluem a formação continuada de professores, a edição e difusão de publicações e vídeos de divulgação científica. O projeto tem vários e importantes livros publicados, disponibilizados gratuitamente para download em seu site, alguns deles alvo de ações de adoção extraordinárias por parte de secretarias de educação, além de uma produção científica robusta e internacionalmente reconhecida e referendada.
Além disso, o Coral Vivo integra a Rede de Conservação da Biodiversidade Marinha (BIOMAR), junto com os projetos Albatroz, Baleia Jubarte, Golfinho Rotador e Meros do Brasil. Patrocinados pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, eles atuam de forma complementar na conservação da biodiversidade marinha do Brasil. As ações do Projeto Coral Vivo são viabilizadas também pelo copatrocínio do Arraial d’Ajuda Eco Parque.
O Coral Vivo faz parte também da Rede de Conservação das Águas da Guanabara e Entorno (REDAGUA), que reúne, igualmente, todos projetos apoiados pela Petrobras. A rede tem como objetivo promover a conservação da biodiversidade, prestação de serviços ecossistêmicos, restauração ambiental, pesquisa, educação ambiental, inclusão social e comunicação na região da Baía de Guanabara e entorno, sendo constituída pelos Projetos Coral Vivo, Guapiaçu, Meros do Brasil e Uçá.
Nas redes sociais, o Coral Vivo já tem mais de 380 mil seguidores e em seu canal do Youtube veicula uma produção audiovisual diferenciada em termos de sensibilização e conteúdo. Venha mergulhar nessas redes para saber mais e, quem sabe, ser colaborador e apoiador do Coral Vivo: coralvivo.org.br