No primeiro dia da Reunião de Coordenadores Pedagógicos, promovida pela Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, a maior rede de ensino da América Latina, a participação de Gregório Maciel, Gerente da área de Reflorestamento e Programas Ambientais da Petrobras, e de representantes dos projetos Coral Vivo, Guapiaçu, Meros do Brasil e Uçá, que compõem a Rede de Conservação Águas da Guanabara (REDAGUA), foi destaque.
Durante a abertura do encontro, o Subsecretário de Ensino, Adriano Carneiro Giglio, ressaltou a importância das salas de leitura para o desenvolvimento de políticas educacionais de qualidade. Além disso, apresentou a ação de adoção do livro “A Teia das Águas”, resultado da parceria entre a Secretaria e o Instituto Coral Vivo, que conta com o patrocínio da Petrobras, por meio do programa Petrobras Socioambiental.
O livro, produzido pelo Coral Vivo em parceria com a REDAGUA, é uma obra de poesia voltada para crianças, que aborda o tema transversal da conectividade dos ambientes da Baía de Guanabara e seu entorno. Todos os coordenadores pedagógicos presentes na reunião receberam um exemplar da obra, com o objetivo de estimular seu trabalho nas escolas.
O livro “A Teia das Águas” já faz parte do material escolar de 55 mil alunos do 3º ano do Ensino Fundamental, e seu conteúdo será amplamente trabalhado em rodas de leitura ao longo do ano letivo. Escrito por Roseana Murray e Bia Hetzel, com ilustrações de Daniel Gnattali e consultoria científica da Dra. Débora Pires, fundadora do Coral Vivo, a obra promove uma abordagem poética de espaços que muitas vezes passam despercebidos pelos moradores do estado do Rio de Janeiro.
“Os alunos que recebem a obra são aqueles que estavam no 1º ano em 2020, no começo da pandemia de Covid 19, e por isso apresentam significativa defasagem no aprendizado. A obra de literatura de alta qualidade que foi incluída em seu material didático servirá de reforço à sua alfabetização plena. É um grande projeto de Alfabetização Atlântica que se inicia, com o intuito de gerar um tsunami de sensibilização em nossas redes”, comemora Bia Hetzel.
SOBRE A REDAGUA
A Baía de Guanabara é a segunda maior baía do Brasil e comporta 22 ilhas, cercada por uma população que supera os 11 milhões de habitantes. Em 391km2 de espelho d’água e também no seu entorno são desenvolvidos quatro projetos, todos apoiados pelo programa Petrobras Socioambiental, que formalizam a Rede de Conservação Águas da Guanabara – REDAGUA. Na porção leste da baía, o Projeto Guapiaçu contribui para o fortalecimento do ecossistema da bacia hidrográfica Guapi-Macacu, por meio da restauração ecológica e da educação ambiental. O Projeto Uçá estuda as populações de caranguejos e seu ecossistema, buscando a sustentabilidade, contribuindo para a melhoria da qualidade ambiental e das comunidades pesqueiras. O Projeto Meros do Brasil procura conhecer os meros — espécie emblemática da região, criticamente ameaçada e de captura proibida — que ainda restam nas águas da baía. Por fim, o Projeto Coral Vivo traz à população o conhecimento sobre os diversos e frágeis ambientes coralíneos, abrangendo as áreas insulares do entorno da baía, focos do Plano de Ação Nacional para Conservação dos Ambientes Coralíneos – PAN Corais. Os projetos integrantes da rede, todos parceiros da Petrobras, acreditam que as pessoas precisam conhecer a natureza para poder entender a importância de conservá-la e reforçar a noção da proteção, não só da fauna e da flora, mas também dos ambientes terrestres-estuarinos-marinhos como um todo.
SOBRE O CORAL VIVO
O PROJETO CORAL VIVO nasceu no Museu Nacional/UFRJ, a partir de pesquisas em recifes e ambientes coralíneos brasileiros. Desde 2006, com o patrocínio da Petrobras, além de parcerias locais e nacionais, passou a atuar junto a vários setores da sociedade, como os órgãos governamentais; as universidades e escolas; os conselhos gestores; o segmento de turismo; os pescadores e os coletivos jovens. O projeto possui uma Rede de Pesquisas com
13 instituições envolvidas e uma Base de Pesquisas e Visitação em Porto Seguro (BA). Juntamente com o ICMBio, realiza a coordenação executiva do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Ambientes Coralíneos (PAN Corais), que inclui 18 áreas geográficas e 52 espécies ameaçadas. Suas ações de educação incluem a formação continuada de professores e a edição de publicações de divulgação científica. O projeto tem vários e importantes livros publicados, disponibilizados gratuitamente para download em seu site, além de uma produção científica robusta e internacionalmente reconhecida e referendada. Nas redes sociais, o Coral Vivo já tem mais de 370 mil seguidores.