Há 20 anos, o Projeto Coral Vivo, patrocinado pela Petrobras, tem atuado em parceria com a sociedade civil e diferentes instituições em prol de políticas públicas que promovam medidas socioambientais sustentáveis.Com o objetivo de pensar em maneiras de conservação associadas a modelos de desenvolvimento que possam reduzir as desigualdades sociais, cada vez mais, tem atuado junto aos conselhos gestores, como no caso da Resex Corumbau, e do Parque Municipal de Preservação Marinha de Coroa Alta, ambos na Costa do Descobrimento.
“Atualmente, o Coral Vivo participa de dezoito conselhos gestores municipais, estaduais e federais, sempre de forma ativa e em prol da justiça ambiental e social que venha garantir as riquezas naturais às novas gerações”, explica Flávia Guebert, coordenadora geral do Coral Vivo.
Em 2022, o Projeto Coral Vivo, realizou o mapeamento biológico dos recifes de corais da Praia do Espelho. A região é o principal atrativo turístico da vila de Curuípe, portanto recebe muitas embarcações ao longo do ano, em sua maioria lanchas grandes.
Preocupada com as embarcações que chegam com os turistas de forma desordenada, dividindo o pequeno espaço disponível com os banhistas, e com o intenso pisoteio dos recifes presentes na praia, a comunidade demandou apoio para a realização de um estudo que desse apoio a elaboração de um plano de uso público do local adequado à realidade social.
“Em parceria com a Associação dos Moradores da Praia de Curuípe (AMPAC), com o ICMBio e a Marinha, conseguimos aprovar o documento que compõe o Plano de Manejo e que aguarda publicação do MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima). O Plano de Manejo abriga as normas de uso da Unidade e pode ser publicado a qualquer momento. No entanto, já existe um Decreto municipal que possibilita a aplicação de multa em caso de descumprimento das normas estabelecidas”, explica Carlos Henrique Lacerda, coordenador regional de pesquisa do Projeto Coral Vivo.
Já no caso do Parque Municipal de Preservação Marinha de Coroa Alta, em Santa Cruz Cabrália, o Coral Vivo, juntamente com representantes das comunidades tradicionais, o Ministério Público Federal e com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, vem apoiando a elaboração de uma proposta de Lei que defende a recategorização do Parque, para uma Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS). Tal mudança, foi discutida e aprovada em Consulta Pública realizada no dia 11 de outubro desse ano. A proposta será apresentada, ainda nesse mês, para ser votada na Câmara dos Vereadores.
“Ao longo dos últimos anos, o Coral Vivo, em contato com os diferentes atores envolvidos no uso do território, reuniu demandas, sugestões e relatos sobre a situação atual de uso da área pelos diferentes grupos, como pescadores, indígenas, comunidades tradicionais, empresários e entidades ambientais. Foi nesse processo que identificamos a necessidade da recategorização do Parque, de Proteção Integral para uma Unidade de Uso Sustentável. Dessa forma, o uso tradicional dos recursos, como, por exemplo, a pesca artesanal de forma sustentável, poderá ser permitida e regulamentada”, conta Lacerda.
 
SOBRE O PROJETO CORAL VIVO
O PROJETO CORAL VIVO nasceu no Museu Nacional/UFRJ, a partir de pesquisas em recifes e ambientes coralíneos brasileiros. Desde 2006, com o patrocínio da Petrobras, além de parcerias locais e nacionais, passou a atuar junto a vários setores da sociedade, como os órgãos governamentais; as universidades e escolas; os conselhos gestores; o segmento de turismo; os pescadores e os coletivos jovens. O projeto possui uma Rede de Pesquisas com 13 instituições envolvidas e uma Base de Pesquisas e Visitação em Porto Seguro (BA). Suas ações de educação incluem a formação continuada de professores, a edição e difusão de publicações e vídeos de divulgação científica. O projeto tem vários e importantes livros publicados, disponibilizados gratuitamente para download em seu site, alguns deles alvo de ações de adoção extraordinárias por parte de secretarias de educação, além de uma produção científica robusta e internacionalmente reconhecida e referendada.
Além disso, o Coral Vivo integra a Rede de Conservação da Biodiversidade Marinha (BIOMAR), junto com os projetos Albatroz, Baleia Jubarte, Golfinho Rotador e Meros do Brasil. Patrocinados pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, eles atuam de forma complementar na conservação da biodiversidade marinha do Brasil. As ações do Projeto Coral Vivo são viabilizadas também pelo copatrocínio do Arraial d’Ajuda Eco Parque.
O Coral Vivo faz parte também da Rede de Conservação das Águas da Guanabara e Entorno (REDAGUA), que reúne, igualmente, todos projetos apoiados pela Petrobras. A rede tem como objetivo promover a conservação da biodiversidade, prestação de serviços ecossistêmicos, restauração ambiental, pesquisa, educação ambiental, inclusão social e comunicação na região da Baía de Guanabara e entorno, sendo constituída pelos Projetos Coral Vivo, Guapiaçu, Meros do Brasil e Uçá.
Nas redes sociais, o Coral Vivo já tem mais de 380 mil seguidores e em seu canal do Youtube veicula uma produção audiovisual diferenciada em termos de sensibilização e conteúdo. Venha mergulhar nessas redes para saber mais e, quem sabe, ser colaborador e apoiador do Coral Vivo:
coralvivo.org.br
