Há mais de dez anos, o Projeto Coral Vivo, patrocinado pela Petrobras, atua no ensino formal através de projetos pedagógicos executados em conjunto com professores/tutores de diferentes unidades escolares da rede pública dos munícipios de Santa Cruz Cabrália e Porto Seguro, na Bahia.
As ações desenvolvidas envolvem fornecimento de materiais didáticos e paradidáticos produzidos pelo Projeto Coral Vivo, além de reuniões programáticas para elaboração de estratégias baseadas na metodologia “Ciência Cidadã”, e apoio financeiro e logístico para a execução das propostas.
Ao longo deste ano, em parceria com cinco professores/tutores, o Coral Vivo, coordenou a implementação de projetos e campanhas desenvolvidas nas escolas estaduais (Colégio Estadual Terezinha Scaramussa, Colégio Estadual Indígena de Coroa Vermelha, Colégio Estadual de Trancoso, Colégio Estadual de Arraial d’Ajuda e Colégio Estadual Doutor Antônio Ricaldi), A realização das iniciativas contou com a participação direta de 324 pessoas, entre professores e alunos.
Supervisionados pela equipe de educadores do Coral Vivo, todas as propostas trataram de aspectos relacionados com a produção e o destino de resíduos sólidos, tendo como base as particularidades locais e os respectivos contextos escolares. “Queremos colaborar para que conteúdos relativos à conservação marinha sejam abordados e apropriados de maneira criativa e participativa nas escolas”, afirma Flavia Guebert, coordenadora geral do Coral Vivo.
Para Thais Melo, Coordenadora de Educação do Coral Vivo, os cinco projetos desenvolvidos em 2022, são a prova de que é possível propiciar experiências de aprendizagem que permitem uma compreensão mais ampla e profunda a respeito dos danos sociais e ambientais provocados pela presença de resíduos no litoral.
A educadora lembrou ainda que, em agosto, o Coral Vivo lançou a “Coleção Coral Vivo Vai à Escola”. “A coletânea reúne 17 materiais – entre livros, manuais e vídeos com foco nos ambientes coralíneos e nas relações socioambientais associadas a eles. Estamos em plena Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (2021-2030), declarada pela ONU (Organização das Nações Unidas), esse é momento em que precisamos redobrar os esforços para a promoção da cultura oceânica e da alfabetização científica nas propostas pedagógicas”, ressalta.
Saiba mais sobre os projetos pedagógicos do Coral Vivo
“Coleta Seletiva na Escola: ferramenta para educação ambiental” – Trata-se de uma Feira Sustentável que ocorre mensalmente, onde os estudantes do Colégio Estadual Arraial d’Ajuda, em Porto Seguro, expõem e comercializam produtos sustentáveis, tais como: plantas, livros e roupas doadas pela comunidade, produtos alimentícios feitos artesanalmente pela comunidade, adquirindo conhecimento sobre sustentabilidade e empreendedorismo. Além da Feira, foi criado um Ecoponto no colégio para recebimento de resíduos recicláveis da comunidade escolar.
“A Percepção da Restinga e do Lixo Marinho como Veículo Transformador para Estudantes do Colégio Estadual de Trancoso – BA” – Trata-se do monitoramento do lixo na faixa de areia da praia dos Coqueiros, ação integrada ao Programa Combate ao Lixo Marinho. Além de realizar a lavagem, triagem, pesagem dos resíduos, o lixo foi cadastrado em planilha pelos alunos.
“O Lixo e o Meio Ambiente: Ações de Educação Ambiental do Colégio Estadual Professora Terezinha Scaramussa” – Tendo a educação ambiental como tema transversal, professores e alunos desenvolveram campanhas de coleta e combate ao Lixo Marinho na praia de Arakakaí.
“KORIHÉ-cuidar: Cidadania Planetária” – Realizada pelos alunos do Colégio Estadual Indígena Coroa Vermelha, a instalação que ocupou o espaço cultural Txag’ru Mirawê, abordou os impactos do lixo no Rio Jardim, em Santa Cruz de Cabrália. Durante o ano letivo, os alunos, com o objetivo de conscientizar a sua comunidade a respeito dos impactos gerados pelos resíduos sólidos, também realizaram visitas em aldeias para orientar e compreender as percepções indígenas sobre natureza e lixo.
“Projeto de Combate ao Lixo no Mar” – desenvolvido por alunos e professores do Colégio Modelo Luis Eduardo Magalhães, em Porto Seguro, o monitoramento do lixo realizado na Praia de Pitangueiras, além de promover coleta, categorização e pesagem dos resíduos, conta ainda com uma série de ações tais como: encontros semanais para compartilhamento de informações e desenvolvimento de campanhas e estratégias de conscientização comunitária.
Sobre o Coral Vivo
Patrocinado pela Petrobras desde 2006, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, o Projeto Coral Vivo trabalha com pesquisa, educação, políticas públicas, comunicação e sensibilização para a conservação e a sustentabilidade socioambiental dos ambientes recifais e coralíneos do Brasil. Concebido no Museu Nacional/UFRJ, hoje é realizado por 13 universidades e institutos de pesquisa. Está vinculado ao Instituto Coral Vivo, que já foi coordenador executivo do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Ambientes Coralíneos (PAN Corais), e segue apoiando a iniciativa.
Além disso, o Coral Vivo integra a Rede BIOMAR, junto com os projetos Albatroz, Baleia Jubarte, Golfinho Rotador e Meros do Brasil. Patrocinados pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, eles atuam de forma complementar na conservação da biodiversidade marinha do Brasil. As ações do Projeto Coral Vivo são viabilizadas também pelo copatrocínio do Arraial d’Ajuda Eco Parque.
O Coral Vivo faz parte também da Rede de Conservação das Águas da Guanabara e Entorno (REDAGUA), que reúne, igualmente, em parceria com a Petrobras. A rede tem como objetivo promover a conservação da biodiversidade, prestação de serviços ecossistêmicos, restauração ambiental, pesquisa, educação ambiental, inclusão social e comunicação na região da Baía de Guanabara e entorno, sendo constituída pelos Projetos Coral Vivo, Guapiaçu, Meros do Brasil e Uçá.