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Os recifes de coral são estruturas vivas. Embora cubram apenas 1% do fundo dos oceanos, eles abrigam um quarto de todas as espécies marinhas –uma enorme diversidade de algas, peixes e outros organismos. Seu sistema é formado pelo acúmulo de esqueletos de animais e vegetais, e para sua construção é necessária a atuação conjunta de uma infinidade de seres que formam uma complexa teia de associações e eventos em sucessão.
Os corais são os seres que prevalecem neste ambiente – animais marinhos, que se mantêm fixos no mesmo local até o fim de suas vidas.
Os recifes de coral e os ambientes coralíneos são formações extremamente sensíveis a distúrbios ambientais e estão entre os ecossistemas mais ameaçados do mundo. Cerca de 27% destes ambientes já foram efetivamente perdidos. Previsões indicam que, no ritmo atual, uma perda semelhante ocorrerá em 30 anos.
A queima excessiva de combustíveis fósseis e o desflorestamento vêm aumentando a concentração de gases do efeito estufa, como o CO2 e o metano. O aumento da concentração de CO2 na atmosfera leva ao fenômeno do aquecimento global, que impacta nos oceanos e, consequentemente, na preservação dos recifes de coral, que enfrentam problemas como o branqueamento e a acidificação da água. O branqueamento é uma das principais causas de morte entre os corais: a acidez das águas dos oceanos, antes alcalinas, também compromete a vida nos recifes.
O turismo não sustentável, a pesca predatória e a poluição marinha são outras práticas que causam impactos negativos aos ambientes coralíneos e comprometem a sua saúde. Outra ação que afeta a vida marinha é a sobrepesca – quando uma espécie é capturada além da capacidade natural de reprodução, – comprometendo a sua existência e o ambiente.
A ação desordenada do homem é a principal responsável pelas ameaças aos ambientes coralíneos, mas ação conjunta e consciente deste mesmo homem pode salvá-los.
10% de TODA a proteína animal consumida no mundo vêm dos ambientes coralíneos
Medicamentos e suplementos são desenvolvidos a partir de seus compostos químicos
Os recifes formam barreira rígida e submersa que protege a costa de tempestades e erosões
Há locais em que o turismo está inteiramente atrelado à presença dos recifes de coral e ambientes coralíneos
No Brasil, + 18 milhões de pessoas dependem direta e indiretamente dos corais.
No mundo, 500 milhões de pessoas têm sua sobrevivência vinculada aos recifes de coral.
Os recifes de corais geram uma receita anual de U$ 10 trilhões em bens e serviços.
Os únicos recifes de coral verdadeiros que existem no sul do Oceano Atlântico se encontram no Brasil. Esses ambientes são caracterizados por possuir um baixo número de espécies de corais se comparados a outras regiões, mas várias dessas espécies só ocorrem no nosso país, ou seja, são espécies endêmicas.
A comunidade coralínea no Brasil abrange desde o Norte do Brasil, chamado Recife do Foz da Amazônia, até Santa Catarina – uma faixa de mais de 3 mil quilômetros. A costa tem, ainda, quatro ilhas oceânicas que também abrigam essas comunidades: Atol das Rocas, Fernando de Noronha, Arquipélago de São Pedro e São Paulo e Arquipélago de Trindade e Martim Vaz.
O Brasil tem 66 espécies de corais (corais verdadeiros, hidrocorais, corais moles e corais negros). Entre as espécies da costa brasileira, 24 são endêmicas, ou seja, só ocorrem nessa região.
